Arquivo mensal: novembro 2013

Quem inventou o livro?


O formato de livro como conhecemos hoje, o chamado códice, não é e nunca foi o único existente. Antes dessa encadernação de capa e páginas montadas em sequência, houve outras formas. Atualmente, também há novidades, como o áudio-livro e o livro eletrônico (ebook).

Os primeiros livros foram criados pelo povo sumério, quando este começou a escrever em tabletes de argila, por volta do ano 3.200 a.C. na Mesopotâmia, atual Iraque. O conteúdo, naquela época, era composto por leis, assuntos administrativos e religiosos, lendas e até poesia.

“A característica fundamental de um livro é ser portátil. Por isso não valem como livros as inscrições em rochas”, explica Aníbal Bragança, professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da Universidade Federal Fluminense e pesquisador em Produção Editorial.

Com o tempo, o livro ficou mais leve graças à descoberta de outros materiais, como o papiro, obtido a partir de uma planta egípcia, e o couro de animais, dos quais o produto mais conhecido é o pergaminho.

A região de Pérgamo (onde hoje é a Turquia) desenvolveu o pergaminho por causa de uma proibição de importar papiro. Ela e Alexandria disputavam o posto de possuidoras da maior biblioteca do mundo conhecido. Para dificultar o crescimento da concorrente, o rei egípcio Ptolomeu V proibiu a exportação do papiro para aquele local.

Nessa época, o formato comum era o rolo ou o volume, feito de folhas de pergaminho coladas lado a lado. Essa colagem era depois enrolada em dois bastões de madeira ou marfim. Assim, as pessoas poderiam ler o pergaminho da mesma maneira como estavam acostumadas com o papiro, ou seja, desenrolando de um lado e enrolando de outro.

O papel chegou à Europa trazido da China por mercadores árabes apenas no século 12 e, mesmo com o novo suporte, os livros continuavam a ser manuscritos, copiados por monges. O trabalho era cansativo e um exemplar podia levar até mais de um ano para ficar pronto.

Isso só mudou na década de 1450, quando o alemão Gutemberg inventou a prensa e os tipos móveis, o que trouxe rapidez à produção do livro. A primeira obra impressa por ele foi a Bíblia.

Foi também este o primeiro livro que chegou ao Brasil, trazido pelos colonizadores. “Depois disso, os jesuítas trouxeram obras para suas missões e seus conventos, inclusive para ensinar e catequizar”, diz o professor Aníbal.

Como em todos os países, também havia censura em Portugal, especialmente por parte da Igreja, e isso se refletia no Brasil. Assim, os livros censurados só podiam circular por aqui de maneira clandestina. Os outros entravam livremente, trazidos pelos colonizadores, pelos brasileiros que iam estudar em Portugal e em outros países, e pelos comerciantes.

No entanto, os livros só puderam ser feitos no Brasil a partir de 1808, quando a família Real portuguesa se mudou para cá e trouxe uma máquina impressora. Antes disso, era crime ter uma tipografia no país.

Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Biblioteca Pública, Deputado Stédile participa de debate sobre leitura de qualidade para todos.


O Deputado Federal José Stédile (PSB/RS) participou no dia 30 de outubro do painel de debates “Por uma leitura e escrita de qualidade para todos”, na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), em Brasília. O encontro contou com a presença de cerca de 50 pessoas, constituído por representantes do governo, organizações não-governamentais e pesquisadores. Por meio de processo dinâmico e gerador de diálogos colaborativos, o grupo compartilhou conhecimentos e experiências, promovendo reflexões e discutindo novas formas de ação conjunta em prol da educação para a leitura no Brasil.

Para subsidiar o debate, foi utilizado um compêndio estatístico sobre hábitos de leitura e biblioteca e um arcabouço analítico dos fatores determinantes da leitura.

O debate foi organizado em cooperação técnica entre o Instituto Ecofuturo, organização social fundada em 1999 e mantida pela Suzano Papel e Celulose, e a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), que oferece apoio técnico para sua realização, e conta com o patrocínio da Metso, empresa patrocinadora do Ecofuturo para realização deste encontro.

Stédile parabenizou a organização e realização do evento, destacando a importância de iniciativas como esta. Também falou de sua luta junto à Frente Parlamentar em Defesa da Biblioteca Pública para que a leitura seja difundida e de fácil acesso a toda a população. “É fundamental incentivarmos as pessoas a lerem. Ler é mais que preciso, é indispensável para que a população tenha mais conhecimento e possa participar mais efetivamente da sociedade”.

Também esteve presente no evento o Secretário Executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL/MinC-MEC, José Castilho Marques Neto, o qual reiterou a posição do Plano em incentivar debates da sociedade civil sobre a política pública de livro, leitura, literatura e bibliotecas sob a ótica do PNLL, reforçando uma das bases da atual política: “Estado e Sociedade unidos por um Brasil leitor”.

Como resultado do encontro de 30 de outubro, na ENAP, Escola Nacional de Administração Pública, pretende-se gerar um texto de consenso sobre estratégias e prioridades que apontem alianças para ações articuladas entre os setores público e privado e alicerces para o fortalecimento das políticas públicas sobre leitura e biblioteca, cooperando com o sucesso do Plano Nacional do Livro e Leitura.

Organizações realizadoras: Canal Futura, Conselho Federal de Biblioteconomia, Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, Fundação SM, Fundação Vítor Civita, Grupo de Instituições e Fundações Empresariais (Gife), Instituto Ecofuturo, Todos Pela Educação, Instituto Ayrton Senna, Instituto Ecofuturo, Instituto Paulo Montenegro, Instituto Pró-Livro, Mais Diferenças e Rede Marista de Solidariedade.

Por Assessoria de Imprensa